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O caminho de cada um

domingo, 7 de outubro de 2012

Palestra de 21/06/2011



Que Grande Manitu abençoe a todos!


O Grande Xamã branco de vocês, conhecido como Jesus, deixou escrito, através de outros... Deixa que os mortos cuidem dos mortos. Já escutaram isso! E nós aqui, permite aos guerreiros dizer, estávamos escutando com muita alegria estas últimas palavras das guerreiras, dos guerreiros, preocupados com a hora de fazer a grande viagem para cá. E se isso ou se aquilo... Não tem que pensar nada disso. 
 
Como falou o grande guerreiro do lado, as coisas da terra ficam na terra, os problemas de cada um acabam para aqueles que puderam,  que entenderam a grande vida, tudo aquilo que nós podemos fazer no momento certo, nós temos que dar e fazer no momento certo. Outros não entendem isso, deixa pra amanhã, deixa pra depois, deixa pra mais pra frente, como que em uma grande jornada esta sempre tentando passar por trás das árvores, fugindo da vida, nos chamando, como fala homem branco, as responsabilidades que ele tem que ter.
 
 Então, tudo aquilo que podemos ajudar é para depois, tudo aquilo que podemos fazer é mais pra frente, tudo aquilo que tem que pensar em concertar dentro dele é mais adiante... E vai deixando, deixando e a grande vida que é sagrada pra cada um, vai passando. Aí quando chega do lado de cá fala assim: Não deu tempo de fazer nada! Eu queria ter feito muita coisa, mais não fiz.

Então a vida é agora, a vida é neste momento que os guerreiros estão dispostos a fazer alguma coisa, a transformar o seu próprio caminho, a buscar sua estrada e sua luz. Um passo na frente do outro, devagar, mais nunca parando. Outros fazem da vida uma grande corrida, como se cada dia fosse o último da sua vida e não percebe também que atropela, passa por cima que machuca os outros e não encontra uma linha de chegada. Não, porque a vida não é uma linha de chegada, é só uma passagem, a viagem do espírito, é só uma passagem. E como falou outro guerreiro aqui, outro dia, não adianta, o peixe mais rápido e mais forte é o primeiro a morder a isca do anzol, é aquele que vai ser pescado. Como nós escutamos outro guerreiro falando outro dia, quem come o queijo? Quem come o queijo é sempre o segundo rato, pois o primeiro ficou preso na ratoeira. 
 Então, não é desviando, não é fugindo, mais também não é achando que vai sempre chegar em primeiro lugar na vida. É saber caminhar junto, como a grande história que vocês escutaram ontem, é saber chegar mais pra frente ajudando os outros a também chegar. Essa é a grande vida. Nós encontramos alguns guerreiros, e isso vocês têm permissão pra ouvir, que quando morre, o grande espírito dele está tão consciente, está tão tranqüilo, que ele faz aquilo que todos deveriam fazer, o que para nós se tornou um ato sagrado, a primeira coisa que o espírito faz é se ajoelhar e dar um beijo na testa do próprio corpo que usou, agradecendo ao Grande Manitu aquela matéria, aquele corpo que muito fez com que o espírito dele progredisse, caminhasse, aquele corpo que serviu para que ele pudesse sentir todas as dores que o mundo reservou pra ele, mais que ele também pudesse com aquele corpo amenizar todos as dores dos outros que tiveram contato, que tiveram na roda do grande círculo dele.
 
 Mas muitos ainda ficam muito mais perturbados, pois deixam pra trás aquilo que era pra levar pra frente, e procuram lá na frente aquilo que era pra ter deixado lá pra trás. O espírito desequilibra, a morte não desequilibra ninguém, mais a consciência de saber que acabou mais uma fase, que terminou mais uma estrada, deixa muitos perturbados, porque eles achavam que iam ter mais tempo. Sempre deixando mais pra frente aquilo que tinham que fazer hoje, então essa é a vida. 
 
Como numa grande estação, muitos estão chegando e muitos estão indo embora, e não importa aonde vocês estão, o que importa é você estar consciente, inteiro, de pé no chão, sabendo que Grande Manitu, nunca vai abandonar ninguém, mesmo aqueles que se sentem abandonados, eles sabem dentro deles que foram eles que fugiram do caminho da luz, que foram eles que escolheram pisar em outros caminhos e que no tempo certo o Grande Manitu vai dar a chance deles pisarem de volta no caminho certo, por isso alegria, força de vontade, amor pela vida, respeito pela natureza, agradecimento ao Grande Manitu por tudo aquilo que vocês tem, por tudo aquilo que servem vocês, por tudo aquilo que funciona na cabeça e no corpo, e mais ainda, pela grande oportunidade que o Grande Manitu dá para cada um de poder pisar nessa terra sagrada, de poder fazer com que seu espírito volte pra cá, do nosso lado, um pouquinho mais leve e um pouquinho mais brilhante do que quando chegou na terra. 


Que o Grande Manitu abençoe a todos!

Viagem Espiritual - Voando com O Grande Espírito II (Uma Prece em Favor Daqueles que Viajam Acima das Pradarias Astrais)






Ó Grande Espírito, abençoe nossa jornada espiritual!
Ilumine os corações sem fé e sem coragem, e aqueles que deixaram de amar.
Desperte nossas consciências para a beleza de toda Criação.
Estamos aqui, mas esse trabalho é Seu!
Ó, Senhor de todas as vidas, abençoe a humanidade esquecida dos caminhos espirituais.
O vento do espírito veio sussurrando a mensagem das montanhas distantes...
E nós nos sentimos abraçados e abençoados pela cálida aragem da inspiração.
Ó, Grande Espírito, a canção dos Xamãs é a Sua canção!
Você sopra em Sua flauta cósmica, e a vida floresce... E nós o respiramos no Sopro Vital.
É Sua a Luz que brilha em nossos corações…
E o Amor que sentimos também vem de Você!
Você é nosso Pai!
Você é nossa Mãe!
Você é nosso Avô!
Você é nossa Avó!
Você é tudo em nós!

Ó, Grande Xamã, abençoe essa nossa jornada pelas coisas do espírito...
Para que nós vejamos a Sua Graça em cada rosto.
Ó Grande Coração de todos, nós somos o seu sonho...
E viajamos em Sua Luz!
Abençoe nossas mãos, para que elas sejam de luz e de cura.
Nós voamos nas asas da prece e do respeito, e encontramos o Seu abraço.
Nós sentimos a sua alegria em nossas risadas.
E nós escrevemos o que o vento do espírito sussurra em nossos corações.
Porque nós vimos Sua face em cada face dos homens, de todos os lugares.
Nós olhamos o azul do céu e o vermelho da terra, e encontramos o equilíbrio e a ternura.
Nós sentimos a vida descendo do sol e beijando as plantinhas e as flores.
E sentimos a vida brotando da terra e cantando seu nome na natureza.
O vento nos contou a mensagem das Grandes Montanhas Etéreas, e nós sentimos o abraço delas em nossos corações.
E lá das pradarias astrais desceu uma Luz, e nós reverenciamos nela o Grande Amor que anima a todos os homens justos.
Ó, Grande Espírito, abençoe mais essa jornada espiritual, que é Sua!
Para vermos Sua face em todas as faces…
Para que essa noite seja linda!
Para sermos dignos do cálido abraço das Grandes Montanhas do espírito.
Para vencermos a nós mesmos!
Sim, Grande Amigo de todos os seres, que seja feita a Sua vontade, e não a nossa.
É Sua a canção que escutamos… E o amor que sentimos.
Grande Espírito, muito obrigado, por tudo.

P.S.: Esses escritos foram feitos de improviso, um pouco antes do início de uma palestra pública no IPPB. Enquanto o pessoal chegava, eu escrevia o que meu coração sentia. E depois, li o texto para as 150 pessoas presentes, ainda sob forte sentimento espiritual. Ao fundo, como a trilha sonora desse momento, tocava a bela balada “Send Me An angel” – da banda de rock alemã Scorpions*.

(Dedico esses modestos escritos aos amparadores extrafísicos**, os mentores que sempre me orientam a agradecer ao Grande Arquiteto Do Universo, não como um Deus antropomórfico, macho e barbudo lá em cima, mas como um Grande Amor que está em tudo, inclusive, em cada coração.)

Paz e Luz.

Wagner Borges

- Notas:
* O CD onde está essa bela canção do Scorpions é o “Crazy World” – de 1990.
** Amparador extrafísico – entidade extrafísica e positiva que ajuda o projetor nas suas experiências extracorpóreas; mentor extrafísico; mestre extrafísico; companheiro espiritual; protetor astral; auxiliar invisível; guardião astral; guia espiritual; benfeitor espiritual.
 

Colônia espiritual Rancho Alegre.


Bem do ladinho do céu há um lugar chamado “Rancho Alegre”, esta é uma das colônias espirituais para onde vão os animais quando desencarnam.
Lá existem riachos e colinas para que todos os nossos amigos possam correr e brincar juntos. Tem muita comida, água e sol, e nossos amigos estão quentinhos e confortáveis.
Todos os animais que estavam velhos e doentes voltaram a ter vigor e saúde; aqueles que estavam machucados ou aleijados estão inteiros e fortes novamente, exatamente como nas nossas lembranças dos tempos que já se foram.
Os animais estão felizes e contentes, não sofrem como nós pela dor da perda ou ausência de alguém muito especial, que teve que ficar para trás.
Todos correm e brincam juntos, mas chega o dia quando um subitamente para e olha para longe. Seus olhos brilhantes estão atentos; seu corpo treme de ansiedade. De repente ele começa a correr para longe do grupo, voando sobre o gramado verde, suas pernas indo mais e mais rápido. Você foi avistado, e quando você e o seu amigo finalmente se encontrarem, vocês se abraçam numa reunião feliz, para nunca serem separados novamente.
Os beijos alegres chovem sobre o seu rosto; suas mãos afagam de novo a cabeça amada, e você pode olhar mais uma vez nos olhos confiantes do seu amigo, ausentes a tanto tempo da sua vida, mas nunca longe do seu coração.
Mas será que os animais têm mesmo alma?
Será que eles reencarnam em seres humanos ou em outros animais?
Os animais são nossos “irmãos mais jovens” e, embora não estejam agora tão bem organizados, futuramente, alcançarão um estágio tão elevado quanto o nosso.
Mesmo diante de todas as contradições com os ensinos dos Espíritos superiores. Jamais se afirmou que o animal não tem alma. Têm-se um princípio inteligente tem algo mais que a matéria e isso é o Espírito.
O Espírito dos animais são reaproveitados geralmente na mesma espécie, pois a natureza não dá saltos. Só depois de muitas encarnações numa mesma espécie o Espírito que anima o animal muda para uma outra espécie.
São focos de inteligência já individualizados, embora se mantenham cativos de um Espírito-grupo, caracterizado pela própria espécie no mundo espiritual. Os instintos fazem parte da individualidade, portanto os animais são individualidades também. Em cada espécie ele assimila determinadas características do futuro ser pensante.
Necessário entender, porém, que o Espírito não precisa passar por todas as espécies existentes, para chegar à condição de ser humano. A alma animal, que já passou pelo reino mineral, onde a individualidade não existe, evoluiu através do reino vegetal e um dia iniciará a longa caminhada da espécie humana em direção à angelitude.
Homens, animais, elementais, devas, extraterrestres e todos os seres, encarnados e desencarnados, estão viajando em um mesmo destino chamado de “EVOLUÇÃO”.
Os elementais (citados por Kardec quando se refere à ação
dos espíritos sobre a natureza, como os ventos, os temporais, etc.) são entidades que estão passando gradativamente do reino animal para a espécie humana.
A alma animal já possui, em maior ou menor quantidade, uma relativa liberdade e mantém a individualidade depois do desencarne.
Ainda sem livre arbítrio, contudo, ela não dispõe da faculdade de escolha desta ou daquela espécie para renascer. Seu espírito progride, reencarnando em corpos cada vez mais capazes de lhe favorecerem condições para as primícias do raciocínio acima do instinto.
Como não possuem consciência de si mesmos, não estão sujeitos ao processo expiatório.
A situação de abandono em que vivem alguns animais domésticos é reflexo da inferioridade moral da espécie humana.
Se observarmos os animais na natureza, longe dos lugares onde vivem os humanos, veremos que todos são tratados por Deus da mesma forma.
Cada um deles vive a experiência orgânica de que necessita naquele estágio, tendo em vista caminharem para um grau mais elevado na hierarquia do Espírito.
Eles não têm Carma, pois não tem livre arbítrio.
Os animais não são responsáveis pelos seus atos.
Alguns são mais inteligentes pelos cuidados recebidos pelos homens, ou talvez, porque progrediram um pouco mais do que os seus irmãos da mesma espécie.
Quando ficam doentes, não sofrem no sentido em que normalmente se entende o sofrimento. No homem, o sofrimento funciona como um depurador de suas imperfeições, estimulando seu desenvolvimento moral. O animal não tem vida moral e por isso suas dores são apenas físicas. Claro, todas essas impressões positivas e negativas fazem parte das experiências que se acumulam para edificar o futuro ser pensante. Certamente não se está afirmando que o animal (a espécie física) de hoje será o homem de amanhã.
Não.
O Espírito que o anima, sim. Viaja nos caminhos da evolução em busca do reino dos seres que possuem raciocínio lógico, dotados então de livre arbítrio, pois são ai serão responsáveis por seus atos.
Muito mais do que supomos, os animais são assistidos em seu desencarne por espíritos zoófilos que os recebem no plano espiritual e cuidam deles. Alguns espíritos cuidam de grupos de animais e, à medida que eles vão evoluindo, o atendimento vai tendendo à individualização. Quanto ao reencarne dos animais, pergunta-se se os animais estabelecem laços duradouros entre si. Sim, existe uma atração entre os animais, tanto naqueles que formam grupos como naqueles que reencarnam domesticados.
Procura-se colocar juntos espíritos que já conviveram, o que facilita o aparecimento e a elaboração de sentimentos.
Contudo, lá estão eles bem vivos e portando corpos espirituais compatíveis com sua linha evolutiva. Possuem corpos espirituais bem definidos e sobrevivem mesmo. Não formaram corpo espiritual algum lá, já o tinham aqui junto de nós! E muitas vezes sentem saudades de seus donos e surgem no ambiente onde viveram antes.
Os animais têm a sua linguagem, os seus afetos, a sua inteligência rudimentar, com atributos inumeráveis. São eles os irmãos mais próximos do homem, merecendo, por isso, a sua proteção e amparo.
Todo ser, criado por Deus simples e ignorante, é compelido a lutar pela conquista da razão, para em seguida burilar. Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos nos domínios da evolução. Dor física no homem, acrescida de dor moral, é fixação de responsabilidade em trânsito para a Vida Maior.
Pelo fato de muitos escritos encontrados não serem psicografados, poderiam ser questionados… Se realmente trazerem os verdadeiros ensinamentos da doutrina, por isso sempre tomei como base O livro dos espíritos, A gênese, Evolução da alma, entre outros que completam as explicações.
Já no livro “A questão espiritual dos animais” de autoria da Dra. Irvênia Prada , temos informações que nos foram transmitidas, pelo espírito Álvaro, de que há vários tipos de atendimento para os animais desencarnados, dependendo da situação, especialmente para os casos de morte brusca ou violenta, possibilitando melhor recuperação de seu perispírito. Existem ainda instalações e construções adequadas para o atendimento das diferentes necessidades, onde os animais são tratados.
Sempre existem algumas contradições com os ensinos dos Espíritos superiores. Por isso deve-se estudar e estudar muito. É a única forma de sabermos distinguir a verdade da impostura. É isso o que nos ensina Allan Kardec. A gente só precisa saber o que é certo, para aproveitar o que é útil. Analise tudo, retenha somente o que é bom.

Para muitos, a esperança de que a vida sobrevive à morte e de que um dia em algum lugar você o encontrará alivia o sofrimento.
NOTA: O artigo foi escrito baseado nas obras do escritor Marcel Benedeti: “Histórias animais que as pessoas contam”; “A espiritualidade dos animais”; “Todos os animais são nossos irmãos”; “Animais no mundo espiritual”; “Todos os animais merecem o céu”.

FONTE:http://capelinhasaofrancisco.blogspot.com/2010/10/o-rancho-alegre.html

Hoje é Dia de São Francisco de Assis, Protetor dos Animais

quinta-feira, 4 de outubro de 2012


Hoje é um dia mágico: É Dia de São Francisco de Assis, mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente.

Oração de São Francisco de Assis
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado e
É morrendo que se vive para a vida eterna.
Amém.

4 de Outubro

Em 4 de outubro comemora-se o Dia de São Francisco de Assis, considerado o padroeiro dos animais. De fato, é comum encontrar nas sedes das entidades de proteção animal imagens do santo italiano. Por sua relação de amor e respeito aos animais, a data serve também para comemorar o Dia Mundial dos Animais.
Francisco de Assis viveu na Itália entre os séculos XII e XIII. Durante a juventude levava a vida como um rico filho de comerciante. Então, converteu-se e passou a trabalhar com um grupo de discípulos (que ficaram conhecidos como franciscanos), todos devotos da pobreza evangélica.
Dia dos Animais
Ele tinha uma relação muito especial, de muito respeito com os animais. No Cântico das criaturas, São Francisco de Assis louva a Deus por todas as criaturas, o sol, a lua, as estrelas... Há alguns anos o Papa João Paulo II decretou São Francisco de Assis como o padroeiro da ecologia, pelo reconhecido amor a todas as criaturas. Francisco de Assis foi sepultado em 4 de outubro de 1226 e canonizado em 1228. Em comemoração à data, durante este mês várias entidades de proteção animal organizam eventos sobre bem-estar animal e cerimônia de bênção aos animais.
Ao analisar a relação homem-animal ao longo da história da humanidade, percebemos que muitos erros e atrocidades foram cometidos contra os animais, por falta de conhecimento, pela ganância ou em nome de tradições culturais.
Dia dos Animais
Com o desenvolvimento de estudos, análises e teorias sobre comportamento animal, o homem passou a modificar sua postura, pois percebeu que os animais também sofriam e sentiam medo, dor e angústia. Isso aconteceu graças ao trabalho dos cientistas e estudiosos do comportamento animal e dos defensores de animais - pessoas que, mesmo sem nenhuma formação acadêmica, lutam pelos direitos dos animais, tirando-os das ruas, protegendo-os, criando e cuidando de abrigos.
Ainda hoje vemos situações que não podem ser aceitas sem pelo menos o sentimento de forte indignação, abrigos superlotados com animais abandonados à própria sorte por seus donos, maus-tratos, envenenamentos, venda ilegal de animais silvestres, rodeios, touradas, farra do boi, ursos torturados na China, circos, feiras de animais sem controle sanitário, uso de animais em testes para cosméticos, projetos de lei que perpetuam os maus-tratos e uso em experiências científicas.
Por isso, vamos aproveitar a data para refletir por alguns instantes sobre tudo aquilo que devemos aos animais, sobre todos os erros cometidos até agora. Existe um caminho a ser seguido, que é o respeito a todas as formas de vida, tanto aos aspectos mais básicos, como abrigo e alimentação, quanto ao direito a afeto, liberdade e à vida.

Fonte: www.jornalpontofinal.com.br


HOMENAGEM A BEZERRA DE MENEZES

sexta-feira, 7 de setembro de 2012





HOMENAGEM A BEZERRA DE MENEZES
                                                                                            Francisco Cândido Xavier


A mensagem de Maria Dolores foi obtida em nossa reunião pública, levada a efeito em homenagem ao nosso caro benfeitor espiritual, o dr. Bezerra de Menezes. O tema em estudo foi o item 11 do capítulo XIII de O evangelho segundo o espiritismo, intitulado "Beneficência". Após os comentários da noite, a nossa querida irmã compareceu com sua página poética Mãos benditas. Nota – Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti foi eminente médico cearense que residiu longos anos no Rio de Janeiro, tendo se destacado na vida política e intelectual da Corte, onde exerceu elevadas funções públicas. Convertendo-se ao espiritismo, tornou-se verdadeiro apóstolo da doutrina. Dedicou-se à assistência social de tal maneira, que passaram a chamá-lo de Médico dos Pobres. Por suas atividades na divulgação e prática da doutrina, foi cognominado de Kardec brasileiro. Tendo nascido a 29 de agosto de 1831, as instituições espíritas de todo o país costumam prestar-lhe homenagens no correr do referido mês. Na sua bibliografia figura um volume de relevante importância médica, intitulado A loucura sob novo prisma.



MÃOS BENDITAS  •  Maria Dolores


Escuta-nos, senhor,
Na luz do lar Celeste!
Desejamos, Jesus, agradecer-te
As mãos benditas que nos deste!
Aquelas mãos sublimes
Que nos entreteceram o berço
Entre as forças do mundo,
Que fizeram escolas,
Aquelas que tomaram nossos dedos,
Revestidas por ti de amor terno e profundo
A fim de penetrarmos nos segredos
Das palavras e letras da instrução...

As que encontramos no caminho,
Quando a sombra da mágoa nos alcança
E acendem para nós com simpatia
O facho da esperança.
Aquelas que nos trazem,
Ao sol do dia a dia,
Exemplos de trabalho.
As que cavam a terra,
Muita vez suportando espinhos agressores
E vibram de alegria
Ao vê-la transformar-se em celeiro de flores!

As que fazem o pão,
As que costuram vestes multiformes,
Cobertura e agasalho,
Aquelas que nos dão
A bênção da limpeza,
As que buscam nos dons da Natureza,
Quantas vezes, cansadas de lutar,
Os recursos da vida
Que nos erguem o lar...

As que socorrem os doentes,
As que se inclinam para os sofredores,
Em recintos de angústias, lares e hospitais,
Que afagam companheiros indigentes
Ou que protegem pobres pequeninos
Revelando desvelos maternais!

As que orientam para a ordem,
Garantindo a justiça e a segurança,
As que escrevem bondade, educação, beleza,
Em que a estrada se eleva e a mente se aprimora,
Criando, mundo afora,
Ideias de otimismo, reconforto,
Das quais se estende à luz de surpresa em surpresa...

Aquelas que se humilham quais violetas
E, revolvendo o pó,
Levantam nosso irmão ou nossa irmã
Caídos nas sarjetas
Ou no esgoto comum,
De coração dizendo a cada um:
– “Você não está só.”

As que foram batidas
Por críticas mordazes
E prosseguem agindo como fazes,
Retribuindo o mal com o bem;
As que ajudam e passam
Sem ferir a ninguém...

Benditas sejam elas
Todas as mãos, Senhor, que
procuram servir,
– Exército de estrelas a buscar-te,
Edificando, em toda parte,
O Reino do Porvir.

E agradecendo-as, rogo-te, Jesus:
Toma-me as mãos vazias,
Faze-me trabalhar
Em todos os meus dias!
E porque me conheça
Tão pobre quanto sou,
De revés em revés,
Sem nem mesmo poder
Aspirar, ante os séculos futuros,
À sublime ventura,
Anseio conquistar a posição
Da serva que se esqueça
Nas tarefas de amor que o teu amor reparte,
E, a despeito de minha imperfeição,
Frágil, errada e inculta, quero dar-te
Meu próprio coração.


 
 
EXÉRCITO DE ESTRELAS  •  J. Herculano Pires (Irmão Saulo)

As mãos de Bezerra de Menezes, o Médico dos Pobres, foram na terra às fiandeiras da caridade. Trabalharam intensamente, desde o seu tempo de estudante, em favor dos necessitados. E enquanto elas teciam a rede de socorro e assistência aos pobres, sem esquecer os ricos, para os quais usava a sua inteligência e a sua cultura, ele tecia sem querer e sem saber a sua própria túnica de luz para a vida espiritual. Maria Dolores se inspira nessas mãos benditas para nos enviar a sua mensagem poética. E toda essa mensagem é um cântico de amor aos homens, chamando-lhes a atenção para a responsabilidade das mãos. Os que amam a poesia gráfica e portanto sensorial dos nossos dias, os hieróglifos da chamada poética de vanguarda, não gostarão dessas estrofes despretensiosas e lineares (porque racionais) da poetisa espiritual. Mas os que não se apegam à forma e procuram a substância poética sentirão a música inaudível desses versos.
Os pintores nem sempre deram a devida importância às mãos de Jesus em seus quadros. Mas um pintor paulista, Vicente Caruso, fez um quadro de Jesus em que a mão se destaca. Todo o valor do quadro está naquela mão – apenas uma – em posição vertical, revelando em suavidade e pureza a missão do Salvador. O médico dr. Silvio Marone escreveu um pequeno, mas valioso ensaio sobre a psicologia das mãos na Ceia de Da Vinci, analisando a linguagem das mãos.
Essa linguagem se traduziu mediunicamente nas materializações de mãos produzidas através do médium Daniel Douglas Home, um gentleman escocês que se celebrizou pelo borboletear das mãos em suas manifestações, embora nunca tenha sido espírita.
As mãos dizem o que somos, porque somos o que fazemos através delas. Podemos semear a destruição e podemos semear o amor com as nossas mãos, mas devemos lembrar que colheremos o que semearmos. Por isso, a poetisa quer inscrever as suas mãos no “exército de estrelas” que luta na Terra em busca de Jesus.
Há um poema de Michel Quoist, muito divulgado, em que ele agradece a Deus os braços e as mãos que nos deu, “enquanto tantos existem sem braços”. Refere-se também aos outros membros e órgãos que possuímos, “enquanto muitos não os possuem”.
Maria Dolores não comete esse feio 'pecado' de egoísmo. Ela sabe que os mutilados de hoje recuperarão amanhã os membros perdidos e não devem ser apontados como consolo egoísta para nós. Por isso, atém-se a louvar as mãos benditas que trabalham na construção do bem. É como se nos dissesse: “Emprega bem as tuas mãos, para que elas nunca te faltem.” E aos que não as possuem: “Quando recuperardes as mãos, empregai-as sempre no bem.”



Artigo publicado originalmente na coluna dominical "Chico Xavier pede licença"
do jornal Diário de S. Paulo, na década de 1970.

A vida no Umbral parte 3/3

segunda-feira, 20 de agosto de 2012




 

Os Samaritanos

Os samaritanos, que também são chamados de missionários, socorristas e emissários, são trabalhadores dos postos de socorro que saem em caravanas pelo Umbral e pela crosta do Planeta Terra à procura de pessoas e socorrem os que pedem auxílio.
Se vestem com capas e gorros de cor bege ou marrom-claro e botas altas. Desta forma peregrinam pelo Umbral sem serem percebidos. Muitas vezes são invisíveis aos sentidos de espíritos de baixa vibração.
Existem relatos onde os samaritanos contam com a ajuda de cavalos para percorrer distâncias maiores e cães que são utilizados como proteção. Outros relatos falam sobre a existência de veículos especiais chamados de Aeróbus*.
Raras são as excursões em que não ocorrem ataques aos samaritanos. São atacados por espíritos maldosos que podem se transfigurar em criaturas horrendas com o intuito de intimidar e amedrontar as caravanas. Os que atacam jogam pedras, paus, lama, matéria podre e alguns chegam a construir armas que não fazem qualquer efeito aos samaritanos. Para defesa utiliza-se ainda redes de proteção e armas que emitem eletricidade. Ao serem atingidos por este tipo de raio o espírito entra em um processo semelhante ao da morte, pois lhe faz relembrar todo sofrimento que passou em sua mais recente desencarnação. Com medo, muitos espíritos só tentam intimidar, e muitas vezes se afastam em desespero.
Existem situações em que os Samaritanos precisam resgatar pessoas dentro das populosas cidades do Umbral. A forma como fazem isto depende do tipo de cidade. Existem casos em que pedem autorização aos lideres da região. Em outros a pessoa a ser resgatada não é de interesse dos moradores da cidade e neste caso não existe problema algum em entrar e levar estas pessoas. Existem ainda situações em que precisam utilizar disfarces ou entrarem sem serem vistos pelos habitantes do local. Em situações de perigo podem mudar de vibração, se tornando invisíveis. Desta forma não podem ser capturados pelos espíritos trevosos do Umbral. Muitos habitantes do Umbral sabem quem são e o que podem fazer e mantêm um ar de respeito quando estão presentes.
Ao resgatarem algumas dezenas de espíritos, os samaritanos retornam ao seu posto de socorro. São verdadeiros farrapos humanos, alguns seminus, outros com suas roupas em trapos e o corpo imundo e ferido. No posto os espíritos são tratados e orientados. O tratamento pode levar alguns dias ou alguns meses. Continuam livres e podem optar por retornar ao Umbral ou seguir para uma Colônia, onde terminarão seu tratamento e passarão a frequentar aulas e cursos para que se informem sobre sua atual situação após a morte.
Um espírito só pode ser ajudado pelos samaritanos quando deseja com sinceridade ser ajudado. Não se pode ajudar ninguém à força. Não se perde tempo resgatando espíritos revoltados, pois se não querem mudar, não poderão mudar à força. Sua revolta ainda poderá atrapalhar os trabalhos e a recuperação de outros espíritos dentro dos postos e hospitais.
Existem casos em que os espíritos se encontram em níveis tão baixos de vibração que não conseguem ver e se comunicar com os samaritanos. Desta forma não podem ser ajudados.
Relatos mostram que em determinados casos os samaritanos podem convencer o espírito a ter vontade de melhorar, de ser socorrido e ajudado. É possível mostrar a estes espíritos imagens das colônias e da felicidade e paz que poderá ter. Este trabalho de convencimento pode passar pelo uso da força. É o caso de fazer o espírito se recordar do sofrimento, dor e angústia que passou no passado, fazendo o mesmo desejar sair daquela situação.
São muitos os espíritos que, mesmo em estado deplorável no Umbral, preferem continuar na vida em que estão. Isto não é muito diferente do que existem aqui na Terra. Uma parcela dos moradores de rua, mendigos, idosos e crianças continuam nas ruas por opção. Não suportam os abrigos, a limpeza, a organização, a necessidade de obedecer a alguém. Preferem viver livres de qualquer lei, norma, organização, junto da miséria. Infelizmente só se pode ajudar alguém quando este alguém quer realmente ser ajudado.
* * *
* Aeróbus - Carro suspenso do solo a uma altura de cinco metros. Seu sistema de tração se dá por meio de cabos, como os teleféricos. Constituído de material muito flexível, possui enorme comprimento. Descrito por André Luiz no livro Nosso Lar, constituía na época o meio de locomoção mais usado na colônia. Muito veloz, o aeróbus fazia ligeiras paradas de três em três quilômetros. (Livro 'Nosso Lar' / Cap. 10 – André luiz / Chico Xavier)