Irmã Scheilla

terça-feira, 5 de julho de 2011
Há notícias apenas de duas encarnações de Scheilla, segundo informações do Médium Chico Xavier/Vivaldo da Cunha: uma na França, no século XVI, e outra na Alemanha. Na existência francesa, chamou-se Joana Francisca Frémiot, nascida em Dijon a 28/01/1572 e desencarnou em Moulins a 13/12/1641. Entrou na historia como Santa Joana de Chantal (canonizada em 1767) ou Baronesa de Chantal. Casou aos 20 anos com o barão de Chantal. Tendo muito cedo perdido seu marido, abandonou o mundo com seus 4 filhos, partilhando seu tempo entre as orações, obras piedosas e seus deveres de mãe. Em 1604, juntamente com o bispo de Genebra, S. Francisco de Salles, fundaram em Annecy a congregação da Visitação de Maria, que dirigiu como superiora, a casa que havia fundado em Paris, no Bairro de Santo Antônio. Em Paris, passaram por grandes dificuldades e em 1619, Santa Joana de Chantal deixou o cargo de superiora da Ordem de Visitação e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da Ordem. A 13 de dezembro de 1641 ela veio a falecer. A outra encarnação conhecida de Scheilla verificou-se na Alemanha. Corriam os anos, e as guerras, os conflitos, eram vividos por todos os povos.Aflições e angústias assolavam a cidade de Berlim na Alemanha, onde Scheilla já atuava como enfermeira, socorrendo onde fosse chamada. Seu estilo simples, sua meiguice espontânea, muito ajudavam em sua profissão. Bonita, tez clara, cabelo muito louro, dava-lhe um ar de graça muito suave e mostrava nos olhos azuis-esverdeados um brilho intenso refletindo a grandeza de seu Espírito. Estatura mediana, sempre com seu avental branco, lá estava Scheilla, preocupada em ajudar sempre e sempre. Esquecia-se de si mesma, pensava somente na sua responsabilidade; via primeiro a dor, depois a criatura... Essa moça não ouvia as terríveis explosões partidas das armas destruidoras, porque o que Scheilla ouvia era a voz de alguém que gemia de frio e de dor. Por esta razão, numa tarde onde os soldados se misturavam ao ódio, gerado por almas sedentas de batalha, eis que tomba no solo de sua pátria, a jovem enfermeira, que através de sua coragem atravessava os campos perigosos de batalha, para socorrer, sanar os gritos que lhe vinham de encontro. Pelo toque triste de um clarim, muitos viram cair junto aos sofridos soldados na Primeira Grande Guerra Mundial, o corpo da enfermeira fiel, destemida e amiga. Morria nos campos de luta, Scheilla, aos 28 anos de idade, para depois de muitos anos, surgir nas esferas superiores com o seu mesmo estilo, seu mais ainda aprimorado carinho e dedicação. Scheilla a Enfermeira do Alto, descendo agora em outra condição. Trabalho Espiritual no Brasil: Tudo indica que Scheilla vinculou-se, algum tempo após a sua desencarnação em terras alemãs, às falanges espirituais que atuam em nome do Cristo, no Brasil. Atualmente nossa querida Mentora trabalha na Espiritualidade juntamente com Cairbar Schutel, Coordenador Geral da Colônia Espiritual Alvorada Nova. Scheilla ,"desenvolve um trabalho forte e muito amplo com dedicação ímpar, coordenando quatorze equipes cujos coordenadores formam com ela o Conselho da Casa de Repouso, o qual se reúne periodicamente, decidindo às questões pertinentes à Casa. Conta-nos R. A. Ranieri que, numa das primeiras reuniões de materialização, realizada pelo médium "Peixotinho", iniciadas em 1948, já surgiu a figura caridosa de Scheilla. "(...) em Belo Horizonte, marcou-se uma pequena reunião que seria realizada com a finalidade de se submeter a tratamento dona Ló de Barros Soares, esposa de Jair Soares. (...) No silêncio e na escuridão surgiu a figura luminosa de mulher, vestida de tecidos de luz e ostentando duas belas tranças. Era Scheilla, entidade que na última encarnação animou a de uma moça alemã. Nas mãos trazia um aparelho semelhante a uma pedra verde-clara e ao qual se referiu dizendo que era um aparelho ainda desconhecido na Terra, emissor de radioatividade. (...) Fez aplicações com o aparelho em dona Ló. (...) A simplicidade e a beleza do espírito nos falava das regiões benditas da perfeição. (...) Depois de alguns minutos, levantou-se da cadeira e fez uma belíssima pregação evangélica com sotaque alemão e voz de mulher." Em vários grupos espíritas brasileiros, além de sua atuação na assistência à saúde humana, ela sempre se caracterizou em trazer às reuniões certos objetos (fenômeno de transporte) e distribuir no recinto éter ou perfume. É por isso que fica no ambiente um encantador perfume de flores. Conta-nos Chico Xavier, que em um depoimento de Joaquim Alves (Jô), com a presença de Scheilla: "Chico aplicava passes. Ao nosso lado, ocorreu um ruído, qual se algum objeto de pequeno porte tivesse sido arremessado, sem muita violências. (-Jô - disse um médium - Scheilla deu-lhe um presente). Logo mais, procuramos ao nosso derredor e vimos um caramujo grande e adoravelmente belo, estriado em deliciosas cores. Apanhamo-lo, incontinenti, e verificamos nele água marítima, salgada e gelada, com restos de uma areia fresca. Scheilla o transportara para nós. Estávamos a centenas de quilômetros de uma nesga de mar, em manhã de sol abrasador que crestava a vegetação e, em nossas mãos, o caramujo que o Espírito nos ofertara." "Scheilla estava triste. Viera da Alemanha, onde visitara sua família. Notara-lhes os grandes problemas, e entregues ao materialismo. Recompôs-se, falando sobre o Natal. Estava presente um cientista suíço, materialista, que ali viera ter por insistência de seus familiares, e Scheilla, em sotaque alemão, anunciou: -Para nosso irmão que está ali - indicava o suíço -, vou dar o perfume que a sua mãezinha usava, quando na Terra. Despertou-lhe um soluço comovido, pela lembrança que se lhe aflorou à memória, recordando a figura da mãezinha ausente." "(...) vivemos, algum tempo depois, outro raro instante. Bissoli, Gonçalves, Isaura, entre outros, compunham a equipe de beneficiados, agrupando-se numa das salas da casa de André, tendo Chico se retirado para o dormitório do casal. Uma onda de perfume. Corporifica-se Scheilla, loira e jovial, falando com seu forte sotaque alemão. Bissoli estabeleceu o diálogo. -Eu me sinto mal-diz Bissoli. -Você - informou Scheilla - come muita manteiga. Vou tirar uma radiografia de seu estômago. A pedido, nosso companheiro levantou a camisa. O espírito corporificado aproxima-se e entrecorre, num sentido horizontal, os seus dedos semi-abertos sobre a região do estômago de nosso amigo. E tal se lhe incrustasse uma tela de vidro no abdômen, podíamos ver as vísceras em funcionamento. - Pronto! - diz Scheilla, apagando o fenômeno. - Agora levarei a radiografia ao Plano Espiritual para que a estudem e lhe dêem um remédio." Ao término destes singelos apontamentos biográficos, com muito respeito por esse Espírito Missionário, de tanta dedicação e amor em nome de Jesus, só nos resta agradecer a assistência e amor doados por ela. "ABENÇOA SEMPRE... Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoará a tua passagem para sempre."

0 comentários:

Postar um comentário