Cuidado com A Língua

quarta-feira, 31 de agosto de 2011









E se a nossa língua nos doesse sempre que a usássemos mal? De certa forma, é o que acontece, pois inevitavelmente todos sofremos as consequências das más acções, mas também das más palavras e dos maus pensamentos. A lei de causa e efeito não actua como a imagem de baixo ilustra porque Deus terá querido poupar-nos a embaraços, e possibilita-nos actuar com livre-arbítrio. Mas dá que pensar, a falta de imaginação que é usarmos o maravilhoso dom da fala para a banalidade do "corte na casaca", quando da nosa boca podem sair pérolas de consolo, inteligência e conversação edificante e interessante - sem pretensões de santidade.

Já no tempo dos Primeiros Cristãos se chamava a atenção para que os preceitos de alimentação judaicos (o que entra na boca) eram menos importantes do que o correcto uso da boca para a fala (o que sai da boca) que não agride e não separa.

Se o tema é religião, se é moralidade, se é filosofia espiritualista, seja ela cristã ou outra, é ainda mais lamentável que usemos a língua (ou os dedos nos teclados dos computadores), para arrasar os que não comungam dos nossos pontos de vista.

 Todos sabemos que não se pode servir a dois senhores. Então, não podemos servir a Jesus que todos dizemos amar, e ao instinto rasteiro da má-língua.



MALEDICÊNCIA

"Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz." -
(TIAGO, 4:11.)

Nem todas as horas são adequadas ao rumo da ternura na esfera das conversações leais.
A palestra de esclarecimento reclama, por vezes, a energia serena em afirmativas sem indecisão; entretanto, é indispensável grande cuidado no que concerne aos comentários posteriores.
A maledicência espera a sinceridade para turvar-lhe as águas e inutilizar-lhe esforços justos.
O mal não merece a coroa das observações sérias. Atribuir-lhe grande importância nas atividades verbais é dilatar-lhe a esfera de ação.
Por isso mesmo, o conselho de Tiago reveste-se de santificada sabedoria. Quando surja o problema de solução difícil, entre um e outro aprendiz, é razoável procurem a companhia do Mestre, solucionando-o à claridade da sua luz, mas que nunca se instalem na sombra, à distância um do outro, para comentários maliciosos da situação, agravando a dor das feridas
abertas.
"Falar mal", na legítima significação, será render homenagem aos instintos inferiores e renunciar ao título de cooperador de Deus para ser crítico de suas obras. Como observamos, a maledicência é um tóxico sutil que pode conduzir o discípulo a imensos disparates.
Quem sorva semelhante veneno é, acima de tudo, servo da tolice, mas sabemos, igualmente, que muitos desses tolos estão a um passo de grandes desventuras íntimas.

De “Fonte Viva”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel

DIANTE DA CALÚNIA

Divino Amigo; diante da calúnia que nos elege por alvo da maledicência humana, não nos permitas abater-nos pela tristeza...

Que o verbo inconseqüente dos que pretendem nos destruir não permaneça ecoando aos nossos ouvidos.

Deixemos quem teça comentários desairosos sobre nós e sigamos cumprindo o dever.

Os que nos criticam sem espírito de fraternidade invalidam o que dizem a nosso respeito...

Quase sempre, os que nos apontam o dedo em riste estão querendo desviar a atenção de sobre si.

Os que nos ferem publicamente, através da palavra leviana, serão, amanhã, os nossos defensores.

Que de nossos lábios, Senhor, jamais escape a menor insinuação contra os que se encontram em lutas tão grandes quanto as nossas.

A maledicência é uma serpente enrodilhada na alma que envenena.

Defende-nos dela!


Livro: Preces e Orações – Médium: Carlos A. Baccelli - Espírito: Irmão José

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