Muitas Vidas, Muitos Mestres BRIAN L. WEISS, M.D.

terça-feira, 23 de agosto de 2011










Muitas Vidas, Muitos Mestres traduzido de
Many Lives, Many Masters

A Fireside Book Published by Simon & Schuster Copyright © 1988 by Brian L. Weiss, M. D. © da tradução: Editora Pergaminho, 1998 Todos os direitos reservados, incluindo o direito de reprodução no todo ou em parte e em qualquer formato. Direitos desta edição reservados para a língua portuguesa (Portugal) à Editora Pergaminho, Lda. Lisboa - Portugal l.a edição, 1998 ISBN 972-711-181-5
Para Carole, minha esposa,
Cujo amor me fortaleceu e me apoiou
Por mais tempo do que aquele que consigo recordar. Estaremos juntos até ao fim dos tempos.
Os meus agradecimentos vão em primeiro lugar para os meus filhos, Jordan e Amy, que me perdoaram por lhes roubar tanto tempo para poder escrever este livro.
Agradeço também a Nicole Paskow pela transcrição das gravações efectuadas nas sessões de terapia.
As sugestões editoriais de Julie Rubin, depois de ter lido o primeiro rascunho deste livro, tiveram para mim imenso valor.
Os meus agradecimentos do fundo do coração para Barbara Guess, a minha editora na Simon & Schuster, pelos seus conhecimentos e pela sua coragem.
A minha mais profunda estima vai também para todos os outros que de qualquer modo me ajudaram a tornar este livro possível.


PREFÁCIO
Sei que existe uma razão para todas as coisas. É possível que no momento em que ocorre um determinado acontecimento não tenhamos nem o discernimento nem a visão antecipada para compreendermos a razão, mas com tempo e paciência tudo se virá a esclarecer.
Foi assim que tudo se passou com Catherine. Encontrei-a pela primeira vez em 1980 quando ela tinha vinte e sete anos. Viera ao meu consultório procurando ajuda para a ansiedade, ataques de pânico e angústia que a dominavam. Embora esses sintomas se verificassem desde a sua infância, haviam-se tornado muito mais graves num passado recente. À medida que os dias iam passando sentia-se cada vez mais paralisada e menos capaz de agir. Estava aterrorizada e compreensivelmente deprimida.
Em contraste com o caos que nessa altura se verificava na vida dela, a minha corria da melhor maneira possível. Tinha um casamento estável, dois filhos ainda muito novos e uma carreira florescente.
Desde o princípio que a minha vida sempre pareceu seguir um percurso sem obstáculos. Crescera num lar onde predominava o afecto. O sucesso académico viera facilmente e no segundo ano da universidade tomei a decisão de vir a ser psiquiatra.
Em 1966 licenciei-me Phi Beta Kappa1, magna cum laude, na Universidade de Columbia em New York. Segui então para a Escola de Medicina da Universidade de Yale e recebi o meu diploma de M.D.2 em 1970. Depois de um internato no Centro de Medicina de Bellevue da Universidade de New York, regressei a Yale para completar a minha especialização em Psiquiatria. Terminada esta aceitei um lugar de professor na Universidade de Pittsburgh. Dois anos mais tarde mudei-me para a faculdade da Universidade de Miami, onde assumi o cargo de Director do Departamento de Psicofarmacologia. Foi aí que consegui conquistar um nome a nível nacional nos campos da psiquiatria biológica e do abuso de substâncias. Depois de quatro anos na universidade fui promovido ao lugar de Professor Associado de Psiquiatria na Escola Médica, e fui nomeado Director de Psiquiatria num grande hospital de Miami que se encontrava ligado à universidade. Nessa altura já publicara trinta e sete artigos científicos e estudos sobre temas da minha especialidade.
Anos de um estudo disciplinado haviam-me permitido treinar a mente como cientista e como médico, conduzindo-me ao longo de estreitas veredas no conservadorismo da minha profissão. Desprezava tudo aquilo que não fosse passível de ser provado por métodos científicos tradicionais. Estava ao corrente de alguns estudos em parapsicologia que eram conduzidos em universidades de renome por todo o país, mas que não conseguiam despertar a minha atenção. Para mim parecia tudo demasiado rebuscado.
Foi nessa altura que encontrei Catherine. Durante dezoito meses utilizei métodos convencionais para a ajudar a ultrapassar os seus sintomas. Quando parecia  que nada funcionava, tentei a hipnose. Numa série de estados de transe, Catherine recordou memórias de «vidas passadas», que provaram serem os factores causais dos seus sintomas. Também demonstrava ser capaz de agir como receptor de informações de «entidades espirituais» altamente evoluídas, e através delas revelou muitos segredos de vida e de morte. Em meia dúzia de meses os seus sintomas desapareceram, e ela retomou a sua vida, mais feliz e mais em paz do que alguma vez estivera.
Não havia nada na minha formação que me tivesse preparado para uma situação destas. Sentia-me absolutamente assombrado com o desenrolar destes acontecimentos.
Não possuo qualquer explicação científica para aquilo que se passou. Ainda hoje existe um número infindo de coisas a respeito da mente humana que se encontra para lá da nossa compreensão. Talvez fosse possível, sob hipnose, que Catherine conseguisse concentrar-se na parte da sua mente subconsciente que armazenava memórias reais de vidas passadas, ou talvez tivesse deparado com aquilo que o psicanalista Carl Jung designava por inconsciente colectivo, a fonte de energia que nos rodeia e contém as memórias de toda a raça humana.
Os cientistas estão a começar a procurar essas respostas. Nós, como sociedade, temos muito a ganhar com a investigação sobre os mistérios da mente, da alma, da continuação da vida para além da morte, e da influência das experiências de vidas passadas no nosso comportamento actual. É óbvio, como se compreende, que as ramificações são ilimitadas, em especial nos campos da medicina, psiquiatria, teologia e filosofia.
No entanto, a investigação cientificamente rigorosa neste campo ainda se encontra na sua infância. Têm sido dados grandes passos para desvendar a informação a este respeito, mas o processo é lento e depara com grande resistência por parte de cientistas e leigos com ideias análogas.
Ao longo de toda a história a humanidade sempre resistiu a mudanças e à aceitação de novas ideias. Os registos históricos estão repletos de exemplos. Quando Galileu descobriu as luas de Júpiter, os astrónomos da época recusaram aceitar ou até mesmo olhar para esses satélites, porque a existência dessas luas era motivo de conflito com as suas crenças aceites de antemão. O mesmo se passa agora com psiquiatras e outras terapeutas, que recusam examinar e avaliar as provas consideráveis que têm sido reunidas sobre a sobrevivência após a morte corporal e sobre as memórias de vidas passadas. Os seus olhos continuam obstinadamente fechados.
Este livro representa a minha modesta contribuição para a evolução da investigação no campo da parapsicologia, especialmente o ramo que lida com as nossas experiências antes do nascimento e depois da morte. Tudo aquilo que o leitor irá ler é verídico. Não acrescentei o que quer que fosse e eliminei apenas as partes que eram repetitivas. Modifiquei levemente a identidade de Catherine exclusivamente para garantir a sua confidencialidade.
Levou-me quatro anos a escrever tudo aquilo que se passou, quatro anos para assumir o risco profissional de revelar esta informação não ortodoxa.
Aconteceu-me de repente numa noite em que me encontrava debaixo do chuveiro - senti um impulso irreprimível de transcrever esta experiência para  o papel. Tinha uma sensação muito forte de que era a altura exacta, de que não devia reter a informação por mais tempo. As lições que eu tivera deviam ser partilhadas com os outros, já não podiam ser guardadas em privado. O conhecimento viera através de Catherine e agora teria que ser passado através de mim. Sabia que nenhuma consequência que eu viesse a enfrentar poderia ser mais devastadora do que o facto de não partilhar o conhecimento que adquirira sobre a imortalidade e o verdadeiro significado da vida.
Saí rapidamente do chuveiro e sentei-me à secretária com o monte de fitas gravadas durante as sessões com Catherine. Às primeiras horas da madrugada, recordei-me do meu velho avô de origem húngara que morrera quando eu ainda era um adolescente. Sempre que lhe dizia que sentia medo de correr um risco qualquer, encorajava-me carinhosamente repetindo a sua frase favorita em Inglês: «Vat the hell», dizia, «vat the hell.» (Deita para o Inferno.)
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