A graça da Cura - Magnetismo Curativo

sábado, 17 de setembro de 2011






"Então designou os doze... "Com poder de curar enfermidades e expulsar demônios." "Imporão a mão sobre os enfermos e os curarão".

Mc: 3:14,15 - 16:18

"Designou outros setenta, que regressaram com alegria, dizendo: Senhor, em teu, nome até os demônios se submetem a nós."

Lc:10: 1-17



Jesus designou discípulos para curar doentes, afastar espíritos endemoniados e orientar a todos sobre a verdade da vida espiritual.

Os doze primeiro e os outros setenta admiravam-se dos fenômenos espirituais que provocavam, sem entender como se realizavam, e referindo-os ao Mestre, jubilosos, ouviram-lhes as ponderações sobre a prudência com que se deveriam comportar e que não se surpreendessem, porque mais convinha agradecer a Deus e, a seguir, a observação final: "alegrai-vos não porque os espíritos se vos submetem, mas porque os vossos nomes estão escritos nos céus." (Lc. 10:20).

Como observa Kardec no Livro dos Médiuns, há

"pessoas que possuem o dom de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel, porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno, sem dificuldade, reconhece que há mais alguma coisa. A magnetização é um verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico... Nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta se faz manifesta. As pessoas que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores, recorrem à prece, que é uma verdadeira evocação." (M.M. 175).

"O espírito atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por outro Espírito. Ele opera uma transmutação por meio do fluido magnético."

"Desde que ele pode operar uma modificação nas propriedades da água, pode também produzir um fenômeno análogo com os fluidos do organismo, donde o efeito curativo da ação magnética, convenientemente dirigida.

Jesus escolheu os discípulos pelas faculdades mediúnicas que eles possuíam e, obviamente, porque também tinham virtudes espirituais que o Mestre identificou pela sua extraordinária clarividência.

Os Apóstolos e os Setenta Discípulos de Jesus foram orientados de que deveriam impor as mãos sobre os doentes, para transmitir-lhes o fluido magnético, com prévia invocação da Ajuda de Deus, que se verifica, como o Espiritismo prova, através dos Bons Espíritos, sempre dispostos a intervir em Nome de Deus, em nosso favor.

Assim, a Doutrina dos Espíritos explica as curas que se viram na Galiléia, pela imposição das Abençoadas Mãos de Jesus e as dos seus discípulos, assim como as que ocorreram em Antioquia, na Ásia, e na Grécia, pela intervenção de Paulo e de seus seguidores e depois pelos Santos da Igreja Católica, episódios até então chamados de milagres.

Kardec, no Livro "A Gênesis", questiona:
"Deus faz milagres?"
E respondendo à tal indagação, ele argumenta:
"Nada é impossível a Deus, mas Ele os tem feito? Ele derroga as Suas próprias leis?
E argumenta:
"O poder de Deus não se manifesta de maneira muito mais potente, pelo conjunto grandioso das obras da criação, pela sabedoria previdente que a preside nas suas partes mais íntimas, bem como nas maiores? Pela harmonia das leis que regem o Universo? Não é isso superior a algumas derrogações... que se Lhe atribuem?"

A expressão "milagre", oriunda do latim - mirari - significa coisa admirável, extraordinária, surpreendente.

A Academia Francesa, ao tempo de Karkec, definiu o milagre como "ato do poder divino, contrário às leis conhecidas da natureza". Entretanto, pela explicação da Doutrina dos Espíritos, acerca da incidência das leis do magnetismo, que não eram conhecidas pelos que atribuíram a cura espiritual à qualificação de milagres, isto é, ato contrário às leis na natureza, tais fenômenos obedecem à Lei de Deus.

O Espiritismo não faz milagres.

Os fenômenos autênticos, tidos como milagres, decorrem da intervenção dos Espíritos.

Diz Kardec - A Gênesis - "O Espírito nada mais é senão a alma que sobreviveu ao corpo; é o ser principal, pois não morre, e produz os fenômenos espíritas, que não saem mais da ordem das leis naturais que os fenômenos elétricos, acústicos, luminosos e outros, que foram a fonte de uma quantidade de crenças supersticiosas."

Jesus testificava que a cura poderia ocorrer pela invocação da ajuda de Deus, com a imposição das mãos.

No episódio a que se refere Lucas (13:13) encontramos a descrição da cura magnética. Tratava-se de uma mulher que há alguns anos, "possessa de um espírito de enfermidade... andava encurvada", entendendo-se, pela referência bíblica, que a causa daquele desconforto era espiritual, e que não se tratava de doença congênita, ou da denegação óssea resultante de osteoporose.

"Na Sinagoga, ao vê-la, Jesus a chama, impôs as mãos sobre ela e imediatamente ela se endireitou e dava glória a Deus."

Referindo-se a tais fatos, observou Jesus:
"O que Eu faço, vós podeis também fazer".
Como refere João, Seu dileto discípulo:
"Na verdade, na verdade vos digo, aquele que crê em mim também fará as obras que Eu faço, e as fará maiores." (Jo. 14:12).

"E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis."


Walter de Moraes Fortes


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